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09 abril 2010

Caso Leomar – Reportagem no Gazeta Regional

Assassinato brutal abala a população de Jaguariúna

Viviane Westin
viviane@gazetaregional.com.br

 LutoA brutalidade do homicídio ocorrido em Jaguariúna na madrugada do dia 7 de abril abalou a população da cidade. Nas esquinas, nos comércios, nas residências, nos postos de trabalho, nas escolas ou no ambiente familiar, o assassinato de Leomar dos Santos, 42, tornou-se assunto de opinião pública.
Na tarde de quinta-feira um homem de 20 anos (GJT) declarou-se como um dos culpados pela brutalidade que culminou na morte de Leomar. O motivo: “seria para roubar, mas perdeu-se o controle”.
A confissão e as investigações apontaram também o segundo envolvido com 21 anos (RP), ambos residentes em Jaguariúna e com a revelação de que haviam tido alguma aproximação com a vítima. GJT foi auxiliado em diversos momentos de necessidades pela própria vítima, inclusive para a indicação de emprego, ajuda financeira e domicílio quando lhe faltou teto para se abrigar. Já RP prestava serviços como vigia no bairro onde a vítima morava.
Em meio ao caso que gera revolta, a população, familiares e amigos já se mobilizam para exigir a prisão dos culpados imediatamente. As comunidades no Orkut e representantes de entidades do município já deflagraram que “vão se tranquilizar apenas quando os culpados forem detidos”.

Ainda em vida
O relato de dois amigos apresentaram Leomar ainda em vida. Teresa Zanotoni Prado, fotógrafa e empresária, trouxe em seu relato a lembrança daquele que considerava como irmão, com quem dividiu o mesmo espaço na moradia durante quase dez anos em Jaguariúna. “Amável, alegre, transmitia felicidade para todos com quem convivia. Formou-se em direito no final do ano passado. O melhor irmão do mundo. Sempre ajudava as pessoas e tinha uma relação de confiança com as pessoas”.
Já o amigo Ronaldo Prema declarou em um trecho do seu poema “E com isso nos deixa a tristeza de não mais em nossa vida Leomar, pois que Leomar foi chamado pelas ondas celestiais para receber os frutos do nobre caráter que viveu entre nós, prodigalizando seus sorrisos, suas palavras amáveis, sua amizade inesquecível, sua capacidade grandiosa de ler o mar, razão porque passou a se chamar Leomar: o homem que lê o mar”.


Declaração de culpa
O elemento envolvido RP estava foragido e foi ouvido na sexta-feira (até o fechamento desta edição ainda não havia ocorrido o pronunciamento por parte das autoridades sobre o depoimento deste, já que ainda estava sendo apurado).
Na noite de quinta-feira, quando da entrevista coletiva com a imprensa, o delegado Marcelo Grandinetti Aderino, frisou o empenho dos polícias na investigação do caso para uma rápida solução e prisão dos envolvidos. O fato é que GJT, após a confissão do crime, foi libertado ainda na noite de quinta-feira.
Segundo o parecer do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, na tarde de sexta-feira, através de sua assessoria de imprensa, o processo analisado pela 1ª. Vara Judicial – Fórum de Jaguariúna, “foi feito o pedido de prisão temporária dos dois suspeitos e foi decretada a prisão somente de RP. No caso de GJT a autoridade policial não informou quais diligências pretendia com o pedido de prisão temporária. De qualquer forma, constou nos autos que a possibilidade de prisão temporária dele será reapreciada se houver novos fatos”.


O fato em detalhes, segundo o BO
Leomar foi assassinado com vários tiros e encontrado caído no chão do quarto. Ele estava sem roupa, ao lado da cama e com os pés amarrados. O fato ocorreu na madrugada de quarta-feira, 7, por volta das 3h15. O cenário do fato foi na casa da vítima  no bairro Nova Jaguariúna.
O registro foi apresentado em Boletim de Ocorrência (BO) como homicídio qualificado. Havia uma venda nos olhos da vítima e uma mordaça (um pano na boca). No BO ainda está detalhado que o Leomar foi encontrado com os dois braços erguidos, em provável posição de defesa.
Os guardas municipais foram acionados através do telefone 190 por uma testemunha que relatou ter ouvido sete disparos de arma de fogo. Os primeiros guardas que chegaram ao local encontraram um dos portões aberto, assim como portas de acesso a alguns cômodos da casa. O carro que estava na garagem estava com a chave no contato - motor e som ligados e a porta do lado do motorista aberta. Na caçamba da camionete havia vários pertences, aparentemente da vítima.
O BO ainda menciona que foram encontrados no local do fato duas facas de cozinha, cápsulas, projéteis e estilhaços.

Fonte: Gazeta Regional

cruz-condolencia--en-tonos-rojos-80Não descansaremos enquando a justiça não for feita!

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